informações de mauro sandri preparador físico da equipe de futsal do são caetano\corinthians\unip.
SEXTA-FEIRA, 5 DE AGOSTO DE 2011
IMPORTANTE: Carta Aberta dos Preparadores Físicos de Futsal sobre a morte súbita cardíaca
Nós, preparadores físicos de Futsal, abaixo assinados, vimos por meio desta, divulgar e alertar sobre um problema que acomete diversos atletas de várias modalidades em todo o mundo: a morte súbita cardíaca.
Na noite do último sábado, dia 30/07/2011, faleceu o atleta de Futsal Emerson Rodrigues Rocha, o Messinho, aos 38 anos de idade, vítima de morte súbita cardíaca. O jogador faleceu antes mesmo do início do aquecimento de um jogo válido pela série prata do campeonato estadual do Rio Grande do Sul. Foi socorrido ainda na quadra e levado para o hospital onde deu entrada já sem vida.
No dia 02/05/2009, o também atleta de Futsal José Carvalho Cunha Júnior, o Rabicó, de 39 anos, faleceu logo após uma partida válida pela série ouro do campeonato estadual do Rio Grande do Sul. O atleta dava entrevista para uma rádio, teve um mal súbito e infartou na quadra. Foi socorrido no local e posteriormente no hospital, mas infelizmente não resistiu.
Em ambos os casos, tratamos de atletas com idade próxima aos 40 anos e com sobrepeso. Mas será que isto por si só foi a causa?
Além dos atletas de Futsal supracitados, casos recentes de morte súbita cardíaca ainda estão na memória da população mundial, tais como do camaronês Marc Vivien Foe, o espanhol Antônio Puerta do Sevilla, o húngaro Miklos Feher do Benfica e do brasileiro Serginho do São Caetano.
A morte súbita cardíaca (MSC) é um evento repentino, inesperado e traumático, ocorrendo em até uma hora após os primeiros sintomas serem apresentados. Na maioria dos casos, se dá após poucos minutos. Em mais da metade dos casos, o paciente falece sem ter tido nenhum sintoma prévio. Em outros, pode ocorrer tonturas e desmaios prévios, palpitações, anginas (dores do peito) e falta de ar.
O infarto agudo do miocárdio (doença das coronárias) é apenas uma das causas da MSC, junto com arritmias (taquicardias e fibrilação ventricular), cardiopatia hipertrófica (engrossamento das paredes do coração), dentre outras.
As arritmias, que em muitos casos precedem a MSC, levam a um quadro onde o paciente desmaia devido a falta de oxigenação no cérebro, pois o coração trabalha de forma desordenada. Neste caso, é necessária imediata ressuscitação cardio pulmonar e desfibrilação (uso de choque elétrico no peito através de um aparelho chamado desfibrilador).
Os estudos demonstram que cada minuto em que o paciente passa sem desfibrilação diminui em até 10% as chances de recuperação. As chances de sobrevivência aumentam consideravelmente se o paciente recebe socorro em até três minutos após o evento. A morte permanente ocorre após 4 a 6 minutos. Após 10 minutos é muito difícil que qualquer tentativa de ressuscitação tenha sucesso.
Sendo assim, é extremamente aconselhável que todos os ginásios do Brasil possuam um desfibrilador externo automático (DEA), aparelho que pode ser manuseado facilmente por qualquer pessoa, pois é auto explicativo e pode salvar muitas vidas. A MSC é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, acometendo cerca de 712 pessoas por dia no Brasil.
Nos estados do Rio Grande do Sul (lei 13.109), São Paulo (lei 12.736/07), Paraná (lei 14.649/05) e também no município de São Paulo (leis 13.945/05 e 14.621/07), é obrigatório que em locais de grande circulação de pessoas tais como shoppings, ginásios esportivos e estádios tenham à disposição um desfibrilador. Porém muitos ginásios esportivos não estão cumprindo a lei.
Pensando na nossa modalidade, outra forma de prevenção, além da instalação do DEA nos ginásios, é que o atleta passe por uma completa avaliação cardiológica, com exames clínicos (eletrocardiograma, eco cardiograma, etc.) em repouso e durante o esforço também (teste ergométrico).
O cardiologista responsável irá detectar, através destes exames e avaliações, possíveis arritmias, aumentos da cavidade do coração (ventrículos), hipertrofia do miocárdio (comum em atletas de Futsal), entre outros. A partir daí poderá solicitar exames complementares e a periodicidade em que o atleta deverá retornar ao consultório.
Tais medidas visam acima de tudo o bem estar do atleta.Também para que nós, preparadores físicos e treinadores, possamos trabalhar com segurança e para que os clubes se resguardem.
O que notamos no Futsal é que os clubes de ponta demonstram preocupação com o assunto, realizando avaliações e exames cardiológicos com seus atletas. Porém esta não é a realidade da maioria das equipes do Brasil. Muitas vezes, até pelo custo, atletas são submetidos a cargas elevadas de treinamento sem antes ter passado por um processo de avaliação adequado.
Um simples atestado médico não é suficiente. O atleta é diferente da população em geral. Portanto necessita de avaliações específicas, principalmente às relacionadas ao coração.
Na Espanha foi conduzido entre 2008 e 2009 um estudo sobre MSC em atletas de Futebol em que os cientistas tentam mostrar que o coração do jogador deste esporte é diferente dos de atletas de outras modalidades, devido “a doenças genéticas e ao engrossamento elevado das paredes do coração, provocado pelos exercícios intensos, podendo gerar arritmias letais.”
Tendo em vista o problema citado e devido ao fato de que a exigência física no Futsal é cada vez maior, nós preparadores físicos da modalidade, chamamos a atenção e direcionamos esta carta a todos os responsáveis, dirigentes, treinadores, atletas, médicos, fisioterapeutas, veículos de imprensa, entidades (CBFS, Federações, Clubes e Associações) e demais interessados.
Se não tomarmos as medidas cabíveis, veremos mais atletas morrendo dentro de quadra, deixando para trás suas famílias e amigos.
Muitos destes jogadores são o único meio de sustento de suas famílias. Mas para que possam exercer suas funções em quadra, precisam trabalhar com segurança. A vida precisa ser preservada acima de tudo.
Segue abaixo nossas recomendações. Esperamos retorno e providências dos órgãos, entidades e profissionais responsáveis.
Todo ginásio esportivo deverá ter um desfibrilador externo portátil; O exemplo deve ser dado pelas equipes que disputam a Liga Nacional e seguido pelas demais equipes;
Todo atleta de futsal deverá passar por avaliação cardiológica completa com um cardiologista pelo menos uma vez por ano. Para atletas acima dos 30 anos recomendamos que a avaliação seja realizada duas ou três vezes por ano ou de acordo com a recomendação médica visto que as adaptações ao treinamento provocam mudanças na fisiologia do coração;
Sugerimos que a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) e demais Federações estaduais só aceitem exames médicos assinados por cardiologistas credenciados para atletas de todas as idades tendo em vista que o mal súbito acomete veteranos e jovens, inclusive crianças. A CBFS poderia credenciar cardiologistas em todas as regiões a fim de facilitar o acesso dos clubes;
Os preparadores físicos e treinadores devem redobrar a atenção ao ministrar exercícios para atletas acima dos 30 anos, principalmente aqueles acima dos 35 anos, evitando sobrecargas desnecessárias. Cada caso é isolado e deve ser avaliado pelos profissionais competentes;
Nos clubes, os atletas só deverão iniciar atividade física após as avaliações terem sido realizadas e que os cardiologistas autorizem. Os preparadores físicos e médicos devem alertar suas diretorias para os riscos de morte caso tais medidas não sejam tomadas;
Ao contratar atletas veteranos, cabe ao clube tomar todas as medidas preventivas possíveis a fim de tentarmos evitar novas tragédias;
Os profissionais do departamento médico, de fisiologia do exercício e de preparação física devem orientar os atletas sobre os riscos de morte relacionados ao uso, por conta própria, de substâncias ilícitas, drogas, álcool, anabolizantes, anfetaminas, fórmulas para emagrecimento, suplementos alimentares, termogênicos, etc.;
Cabe ao atleta cuidar do próprio corpo, sua ferramenta de trabalho, mantendo hábitos saudáveis fora das quadras.
Fontes: H Cor (Hospital do Coração) e Sociedade Brasileira de Cardiologia.
1º de agosto de 2011.Profº Harrison Fabricio Muzzy Rodrigues - ACBF/Carlos Barbosa-RS
CREF 10.244-G/RSProfº João Carlos Romano - Seleção Brasileira e Santos F.C.-SP
CREF 0058-G/SPProfº Fabiano Leal Silva - Gazin/Umuarama-PR
CREF 4739-G/RSProfº Marcelo Augusto Schwertz Theisen – Assoeva-RS
CREF 8908-G/RSProfº Elton José Dalla Vecchia – Atlântico de Erechim-RS
CREF 00094-G/RSProfº Mário Eduardo de Oliveira Raulino – Copagril-PR
CREF 14.217-G/SCProfº Carlos Antônio Santos Carvalho – Peixe/Mazza-DF
CREF 0600-G/DFProfº Bernardo Miloski Dias – Poker/PEC-RJ
CREF 16.801-G/SCProfº Mauro Pires de Lima Sandri – São Caetano/Corinthians-SP
CREF 12.099-G/SCProfº Silvio Antônio Cavalheiro de Oliveira – São Paulo/Marília-SP
CREF 40.406-G/SPProfº Felipe Ferraz Conde – C.R. Vasco da Gama-RJ (sub-20)
CREF 22.347-G/RJProfº Alexandre José Baldasso – ACBF/Carlos Barbosa-RS (sub-20)
CREF 11.666-G/RS
Na noite do último sábado, dia 30/07/2011, faleceu o atleta de Futsal Emerson Rodrigues Rocha, o Messinho, aos 38 anos de idade, vítima de morte súbita cardíaca. O jogador faleceu antes mesmo do início do aquecimento de um jogo válido pela série prata do campeonato estadual do Rio Grande do Sul. Foi socorrido ainda na quadra e levado para o hospital onde deu entrada já sem vida.
No dia 02/05/2009, o também atleta de Futsal José Carvalho Cunha Júnior, o Rabicó, de 39 anos, faleceu logo após uma partida válida pela série ouro do campeonato estadual do Rio Grande do Sul. O atleta dava entrevista para uma rádio, teve um mal súbito e infartou na quadra. Foi socorrido no local e posteriormente no hospital, mas infelizmente não resistiu.
Em ambos os casos, tratamos de atletas com idade próxima aos 40 anos e com sobrepeso. Mas será que isto por si só foi a causa?
Além dos atletas de Futsal supracitados, casos recentes de morte súbita cardíaca ainda estão na memória da população mundial, tais como do camaronês Marc Vivien Foe, o espanhol Antônio Puerta do Sevilla, o húngaro Miklos Feher do Benfica e do brasileiro Serginho do São Caetano.
A morte súbita cardíaca (MSC) é um evento repentino, inesperado e traumático, ocorrendo em até uma hora após os primeiros sintomas serem apresentados. Na maioria dos casos, se dá após poucos minutos. Em mais da metade dos casos, o paciente falece sem ter tido nenhum sintoma prévio. Em outros, pode ocorrer tonturas e desmaios prévios, palpitações, anginas (dores do peito) e falta de ar.
O infarto agudo do miocárdio (doença das coronárias) é apenas uma das causas da MSC, junto com arritmias (taquicardias e fibrilação ventricular), cardiopatia hipertrófica (engrossamento das paredes do coração), dentre outras.
As arritmias, que em muitos casos precedem a MSC, levam a um quadro onde o paciente desmaia devido a falta de oxigenação no cérebro, pois o coração trabalha de forma desordenada. Neste caso, é necessária imediata ressuscitação cardio pulmonar e desfibrilação (uso de choque elétrico no peito através de um aparelho chamado desfibrilador).
Os estudos demonstram que cada minuto em que o paciente passa sem desfibrilação diminui em até 10% as chances de recuperação. As chances de sobrevivência aumentam consideravelmente se o paciente recebe socorro em até três minutos após o evento. A morte permanente ocorre após 4 a 6 minutos. Após 10 minutos é muito difícil que qualquer tentativa de ressuscitação tenha sucesso.
Sendo assim, é extremamente aconselhável que todos os ginásios do Brasil possuam um desfibrilador externo automático (DEA), aparelho que pode ser manuseado facilmente por qualquer pessoa, pois é auto explicativo e pode salvar muitas vidas. A MSC é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, acometendo cerca de 712 pessoas por dia no Brasil.
Nos estados do Rio Grande do Sul (lei 13.109), São Paulo (lei 12.736/07), Paraná (lei 14.649/05) e também no município de São Paulo (leis 13.945/05 e 14.621/07), é obrigatório que em locais de grande circulação de pessoas tais como shoppings, ginásios esportivos e estádios tenham à disposição um desfibrilador. Porém muitos ginásios esportivos não estão cumprindo a lei.
Pensando na nossa modalidade, outra forma de prevenção, além da instalação do DEA nos ginásios, é que o atleta passe por uma completa avaliação cardiológica, com exames clínicos (eletrocardiograma, eco cardiograma, etc.) em repouso e durante o esforço também (teste ergométrico).
O cardiologista responsável irá detectar, através destes exames e avaliações, possíveis arritmias, aumentos da cavidade do coração (ventrículos), hipertrofia do miocárdio (comum em atletas de Futsal), entre outros. A partir daí poderá solicitar exames complementares e a periodicidade em que o atleta deverá retornar ao consultório.
Tais medidas visam acima de tudo o bem estar do atleta.Também para que nós, preparadores físicos e treinadores, possamos trabalhar com segurança e para que os clubes se resguardem.
O que notamos no Futsal é que os clubes de ponta demonstram preocupação com o assunto, realizando avaliações e exames cardiológicos com seus atletas. Porém esta não é a realidade da maioria das equipes do Brasil. Muitas vezes, até pelo custo, atletas são submetidos a cargas elevadas de treinamento sem antes ter passado por um processo de avaliação adequado.
Um simples atestado médico não é suficiente. O atleta é diferente da população em geral. Portanto necessita de avaliações específicas, principalmente às relacionadas ao coração.
Na Espanha foi conduzido entre 2008 e 2009 um estudo sobre MSC em atletas de Futebol em que os cientistas tentam mostrar que o coração do jogador deste esporte é diferente dos de atletas de outras modalidades, devido “a doenças genéticas e ao engrossamento elevado das paredes do coração, provocado pelos exercícios intensos, podendo gerar arritmias letais.”
Tendo em vista o problema citado e devido ao fato de que a exigência física no Futsal é cada vez maior, nós preparadores físicos da modalidade, chamamos a atenção e direcionamos esta carta a todos os responsáveis, dirigentes, treinadores, atletas, médicos, fisioterapeutas, veículos de imprensa, entidades (CBFS, Federações, Clubes e Associações) e demais interessados.
Se não tomarmos as medidas cabíveis, veremos mais atletas morrendo dentro de quadra, deixando para trás suas famílias e amigos.
Muitos destes jogadores são o único meio de sustento de suas famílias. Mas para que possam exercer suas funções em quadra, precisam trabalhar com segurança. A vida precisa ser preservada acima de tudo.
Segue abaixo nossas recomendações. Esperamos retorno e providências dos órgãos, entidades e profissionais responsáveis.
Todo ginásio esportivo deverá ter um desfibrilador externo portátil; O exemplo deve ser dado pelas equipes que disputam a Liga Nacional e seguido pelas demais equipes;
Todo atleta de futsal deverá passar por avaliação cardiológica completa com um cardiologista pelo menos uma vez por ano. Para atletas acima dos 30 anos recomendamos que a avaliação seja realizada duas ou três vezes por ano ou de acordo com a recomendação médica visto que as adaptações ao treinamento provocam mudanças na fisiologia do coração;
Sugerimos que a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) e demais Federações estaduais só aceitem exames médicos assinados por cardiologistas credenciados para atletas de todas as idades tendo em vista que o mal súbito acomete veteranos e jovens, inclusive crianças. A CBFS poderia credenciar cardiologistas em todas as regiões a fim de facilitar o acesso dos clubes;
Os preparadores físicos e treinadores devem redobrar a atenção ao ministrar exercícios para atletas acima dos 30 anos, principalmente aqueles acima dos 35 anos, evitando sobrecargas desnecessárias. Cada caso é isolado e deve ser avaliado pelos profissionais competentes;
Nos clubes, os atletas só deverão iniciar atividade física após as avaliações terem sido realizadas e que os cardiologistas autorizem. Os preparadores físicos e médicos devem alertar suas diretorias para os riscos de morte caso tais medidas não sejam tomadas;
Ao contratar atletas veteranos, cabe ao clube tomar todas as medidas preventivas possíveis a fim de tentarmos evitar novas tragédias;
Os profissionais do departamento médico, de fisiologia do exercício e de preparação física devem orientar os atletas sobre os riscos de morte relacionados ao uso, por conta própria, de substâncias ilícitas, drogas, álcool, anabolizantes, anfetaminas, fórmulas para emagrecimento, suplementos alimentares, termogênicos, etc.;
Cabe ao atleta cuidar do próprio corpo, sua ferramenta de trabalho, mantendo hábitos saudáveis fora das quadras.
Fontes: H Cor (Hospital do Coração) e Sociedade Brasileira de Cardiologia.
1º de agosto de 2011.Profº Harrison Fabricio Muzzy Rodrigues - ACBF/Carlos Barbosa-RS
CREF 10.244-G/RSProfº João Carlos Romano - Seleção Brasileira e Santos F.C.-SP
CREF 0058-G/SPProfº Fabiano Leal Silva - Gazin/Umuarama-PR
CREF 4739-G/RSProfº Marcelo Augusto Schwertz Theisen – Assoeva-RS
CREF 8908-G/RSProfº Elton José Dalla Vecchia – Atlântico de Erechim-RS
CREF 00094-G/RSProfº Mário Eduardo de Oliveira Raulino – Copagril-PR
CREF 14.217-G/SCProfº Carlos Antônio Santos Carvalho – Peixe/Mazza-DF
CREF 0600-G/DFProfº Bernardo Miloski Dias – Poker/PEC-RJ
CREF 16.801-G/SCProfº Mauro Pires de Lima Sandri – São Caetano/Corinthians-SP
CREF 12.099-G/SCProfº Silvio Antônio Cavalheiro de Oliveira – São Paulo/Marília-SP
CREF 40.406-G/SPProfº Felipe Ferraz Conde – C.R. Vasco da Gama-RJ (sub-20)
CREF 22.347-G/RJProfº Alexandre José Baldasso – ACBF/Carlos Barbosa-RS (sub-20)
CREF 11.666-G/RS
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