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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, craque fala sobre as possibilidades para o futuro e afirma: 'Estou oficialmente aberto a conversas


Depois de anunciar via Twitter que não é mais jogador do Santos, o ala Falcão interrompeu por alguns minutos suas férias na Bahia para atender por telefone o GLOBOESPORTE.COM. O craque afirmou não ter mágoa da diretoria do Peixe, mas admitiu que ficou triste com o fim do time campeão da última Liga Futsal.
Para 2012, ele não tem nada fechado ainda e, a partir de agora, com o anúncio oficial de que está deixando o litoral paulista, está aberto às negociações. Do que foi noticiado até este momento, ele descartou uma possível ida para o Corinthians ou para o Flamengo, disse que espera uma proposta do Internacional e vê com muito bons olhos atuar no Japão em 2013, o que seria a primeira experiência dele fora do Brasil.
- Eles querem fazer comigo no futsal o que fizeram com o Zico no futebol - revelou.
Confira abaixo o que o maior jogador da história do futsal brasileiro está planejando para o futuro da carreira, que deve durar pelo menos mais seis anos e ser encerrada num clube brasileiro.
Você deixa o Santos com alguma mágoa?
Mágoa nenhuma. A decisão do clube tem que ser respeitada. Queria cumprir o contrato de dois anos, mas o clube não quis continuar o projeto, o porquê só a diretoria pode dizer. Fico triste, porque o ano foi intenso, fantástico, estava numa ótima cidade, pela primeira vez em 17 edições da Liga Futsal uma equipe de São Paulo chegou à final e venceu. Foi um período curto, mas feliz. Fizemos até os jogadores de futebol do Santos saírem de casa para nos ver jogar.
O Santos pagou multa ou a rescisão foi amigável?
Pagou multa, mas não foi o valor total. As duas partes cederam e chegamos a um acordo bom para todo mundo.
Sobre o seu futuro, o que tem de verdade sobre uma proposta do Japão?
Fiz uma contraproposta e os japoneses têm até maio para me responder."
Falcão
O projeto do Japão é para 2013, porque quero focar na seleção e no Mundial da Tailândia em 2012 (a data ainda não está definida, mas deve ser em novembro). Vínhamos numa conversa desde junho, nos encontramos pessoalmente agora, na final do Mundial de Clubes, quando acompanhei a delegação do Santos. Tive boas reuniões com os japoneses, que querem fazer comigo no futsal o que fizeram com o Zico no futebol. Eles me mostraram coisas bacanas, fiz uma contraproposta e eles têm até maio para me responder.
Vou levar muito em consideração meu lado pessoal, meus filhos já não são mais tão pequenos, será uma mudança drástica para a gente, mas ir sem a minha família nem pensar. Tem que ver também se o dinheiro compensa.
Se o Japão é para 2013, o que você quer fazer em 2012? Fala-se em Internacional, Corinthians, Flamengo...
No Flamengo, a chance é zero. Abrimos uma conversa no meio do ano, acho fantástico eles voltarem com o time de futsal, mas como não vai disputar a Liga em 2012 e eu quero jogar essa competição para me preparar para o Mundial, não tem como eu atuar pelo Flamengo.
Com o Corinthians, também não tem nada. Estou de férias na Bahia com o Edu (gerente de futebol do Corinthians) e nem tocamos neste assunto. O Corinthians está com o grupo fechado para 2012.
O único contato foi com o Inter. Eles ficaram de me mandar um projeto por e-mail, mas até agora não recebi nada.
A partir de hoje (quinta-feira), estou oficialmente aberto a conversas. Independentemente do clube em que for jogar, sempre vou deixar claro que existe essa possibilidade de ir para o Japão em 2013.
Você teve uma experiência longa de oito anos no Jaraguá e uma curta no Santos. O que você prefere: defender um clube-empresa ou um clube com tradição no futebol?
Não descarto nada e não tenho pressa para decidir"
Falcão
As duas situações têm seus prós e seus contras. Num clube-empresa, como o Jaraguá, a cidade respira aquilo e a segurança para você fazer um contrato mais longo é maior. Mas atuar por um clube grande, de camisa é fantástico, mas o foco principal não é o futsal. No Santos, em um ano acabou. Mas não descarto nada e não tenho pressa para decidir. Com o meu anúncio oficial, as equipes devem estar se mexendo e as propostas devem aparecer.
Aos 34 anos, você já pensa em parar?
Quero ganhar sempre, não existe isso de eu ser o Falcão e o que eu ganhei até hoje está bom. Quero sempre ganhar o próximo campeonato e acho que posso jogar por pelo menos mais cinco, seis anos. Em alto nível, pelo menos mais três. E minha vontade é encerrar a carreira jogando no Brasil.
  Informações Globo.c

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